O sentido natural no desenvolvimento de uma criança é a observação, a
atenção concentrada em analisar o comportamento dos adultos que estão próximos.
Através desta observação se inicia um processo de memorização, identificação, interiorização,
fixação de tudo neste ambiente diferente do útero materno.
Muitos ficam admirados quando uma criança é questionada seu futuro, para saber
o que ela pretende ser quando se tornar adulta, e esta responde – “Vou ser
igual a meu pai (mãe) ”. Pois no período
de formação e desenvolvimento a identificação com algo ou alguém se torna
importante e os pais estando presente, acompanhando suas fases.
A criança por sua vez também internaliza o esforço, a dedicação e o
trabalho dos pais por serem éticos, querendo proporcionar informações das quais
serão uteis na formação psicológica da criança. Quanto mais informações, mais dialogo, mais
presença, demonstração de carinho e afeto, maior o poder de liberdade da
criança em querer conhecer o mundo e fazer parte dele.
Neste interim, com certeza, os pais é que assumem a total
responsabilidade de formar o intelecto deste novo indivíduo. Isto não quer dizer que o papel da mãe ou do
pai sejam distintos, um mais importante que o outro. Não, pelo contrário, ambos
têm responsabilidade iguais, onde irão proporcionar o equilíbrio emocional à
criança e uma evolução harmoniosa; cada qual com sua posição "Pai e
Mãe", porém com informações de diferentes personalidades.
A criança estuda estas personalidades e ambientes, porque para ela, eles
ainda não são seus pais, tanto que, para falar papai e mamãe a criança estudou
o ambiente que estava sendo apresentado e quando ela diz estas palavras aos
pais, é com uma afirmação segura.
Como a criança já sabe que a mãe vai estar sempre presente (por estar com
ela todos os dias), ela acredita que não precisa sentir falta, já o pai, que
sai pela manhã e retorna no fim da tarde, este sentimento já sofre uma
alteração. A criança começa a lidar, ter
os primeiros contatos, do que podemos dizer “dor”, “sentimentos”; com a
ausência, saudade, perda; por que na mente da criança, aquele período em que
esteve sem o pai, foi um sofrimento, e quando ela o avista chegar em casa se
alegra imensamente.
Elas sentem a ausência de alguém, ao qual está acostumado a ver, logo se
questionam – A fase do “Por quê? ”. Inicio dos questionamentos às mães. Neste momento a arma da informação esta nas
mãos daqueles que tem o controle e podem fazer com que o convívio entre a
família seja bom ou ruim.
Os pais têm a obrigação e o dever de educar e formar seus filhos de modo
a terem possibilidade de obterem autodomina de si mesmos para poderem ter
opções de escolha em situações futuras.
Os pais devem procurar mostrar a verdade do mundo que se apresenta e
oferecer informações sobre tudo e todos que fazem parte da vida daquela
criança, assim ela poderá ter uma consciência segura do seu próprio espaço e do
espaço alheio.
A criança só poderá observar valores morais ou éticos se presenciou estas
ações por pessoas próximas a ela. Não
adianta dizer a um adolescente o que é certo ou errado se este adolescente não
presenciou convivências equilibradas e seguras para o bom funcionamento
moral. Ele não dará ouvidos a pessoas
que não estão ligados a ele, pois em seu período de crescimento ninguém lhe
ensinou normas de boa conduta.
Observando o comportamento dos pais atuais, não se sabe onde foi parar
esta responsabilidade que leva seus filhos ao pleno desenvolvimento. Culpa da evolução? Quem sabe. Culpa do comportamento das crianças na escola
ou no parque de recreação? Crianças até
os sete anos não podem ser responsabilizadas por terem recebido informações
inadequadas para seu desenvolvimento. Elas recriam aquilo que presenciam,
enquadrando, as vezes, o quadros em posições diferentes do que seria a forma
correta.
A sociedade não deveria dizer como os pais devem criar seus filhos, ate
porque ela não proporciona condições para que estas tenham boa educação (Estatuto
do menor e do Adolescente) e consigam se tornar bons cidadãos. Contudo, se cada pai e mãe internalizassem o
nível de responsabilidade que é formar e educar uma criança, por certo, nenhum
deles estariam preocupados com o convívio de seus filhos com os coleguinhas de
classe ou parque.
A visão de futuro da criança vai depender da forma como os
relacionamentos são construídos dentro do ambiente familiar. Frente as mudanças de comportamentos das
novas gerações, novas diretrizes juvenis são criadas com a finalidade de dar ao
indivíduo uma “ilusão de proteção”. Esta
lei que protege o menor, se for analisada verdadeiramente, é uma arma oferecida
por quem tem o poder, para dizer para aquele jovem, que eles se preocupam com
ele e seus pais não.
“Novas mentiras”. O que querem
incutir na mente dessa nova geração é o “aqui e agora”, não há futuro “só o
presente”, “Eu sou dono de mim e posso qualquer coisa”..., neste contexto, não
existe informação passada, uma bagagem original que possa ser maior que estes
pensamentos, que eles acreditam ser verdade
Por todos estes motivos, é primordial que uma criança se desenvolva dentro
de um lar; onde tenha pessoas com papeis definidos, que possam direcioná-los
objetivamente, fazendo-os sentir cada fase de seu desenvolvimento, só assim
poderão ter base para formar sua própria família e representar seu papel como
cidadão.
A evolução esta mostrando novas formas de convívio familiar, onde muitas mulheres
criam o desejo de se tornarem mães sem terem um relacionamento, casais do mesmo
sexo querendo adotar crianças para satisfazer uma necessidade própria. Pode funcionar se estes, as mulheres que não
querem um relacionamento e o casal, tenham nitidamente a definição correta de
educação, amor, transferência de valores e dedicação constante. Não apenas –“eu
quero”. Seria muito egoísmo para com a
criança. Não existe posicionamento
contra ou a favor, o que deve existir é lealdade ao respeito ao ser humano.
É certo? Quem sabe. Realmente os valores mudaram muito. Os juízes
da vara infantil não conseguem pesar em mais nada que não seja “proporcionar um
lar que tenha condições de boa educação e desenvolvimento” indiferente se os
casais são do mesmo sexo ou não.
Logicamente, dentro deste novo padrão, a psicologia observa através outros
ângulos o comportamento familiar, salientando que o que vale é o amor e as
condições econômicas que estes podem proporcionar a criança. “Oferecer muito eleva o ego, já o pouco, gera
o desejo de lutar por mais”. “Só posso
entender o suor, quando gasto energia para senti-lo”.
Nesta suspeita evolução, deve-se prestar atenção para a criação de filhos
sem pais. Com a criação dos bancos de
espermas, grandes quantidades de mulheres optam por engravidarem desta forma,
sem ter contato algum com o doador.
Lembrem-se, a mente infantil é formada a partir da observação.
Qual a primeira pergunta que ela fará quando estiver na escola? Porque isso...porque aquilo? Fulano tem pai, eu não? Como explicar a uma
criança que você não conseguiu ter um relacionamento amoroso com alguém, mas
quis ser mãe solteira? Se você está
psicologicamente e emocionalmente em equilíbrio com os pilares da vida, saberá
responder sem hesitar
Chegando neste ponto, como fica a avaliação dos psicólogos? Como fazer
este ser entender as formas do amor, se nem foi gerado através dele? Ah, eu não disse nada para meu filho afim de
protege-lo. – Que proteção é essa que induz um ser a mentir? Como posso mostrar uma boa conduta, se eu
mesmo minto? Como terei o respeito do
meu filho, se início sua vida com mentiras?
Por isto, ser sábio é melhor do que ser inteligente. Estava sendo inteligente quando menti, mas
não fui sábio, pois mostrei que não posso ser espelho para meu filho.
Através da mídia, pode-se acompanhar vários jovens indo ao suicídio. Este é um fim trágico para um ser humano que
deveria viver e ser feliz. A dor
interior deve ser tão grande, a falta de direção deve deixá-los estáticos sem
ter para onde correr ou a quem recorrer, mas infelizmente esta é uma nova
realidade de encarar a vida. Estes
jovens crescem achando que podem tudo, mas não sabem que a vida tem limites e
que a mente humana é frágil quando não existe sustentação emocional suficiente
que ajude a lidar com os obstáculos.
A vida pede para que sejamos sensíveis a nossa própria criação, ao amor,
carinho, afeto, respeito, bondade, pois só assim se pode mostrar a alguém que
os queremos de verdade... sendo sensíveis à vida! “Ter fé é acreditar, pois não
se sabe quando um milagre irá acontecer! ”...”Se não tenho fé em algo, como
sustentar meu espírito? Assim como o
corpo precisa de alimento “ A Bíblia”, nosso espírito precisa de sustentação. Esta sustentação deveria ter sido passada
pelos pais desde o nascimento da criança.
Sabe-se que para o homem existem varias formas de demonstração de amor,
mas seria importante o homem não esquecer de que, cada ser que nasce tem o
direito de ser livre, de ter suas origens definidas e resolvidas, para que o
ajude a se tornar um ser de equilíbrio, de alguém que sabe lutar por aquilo que
deseja, de alguém que sabe perder; quando for o caso, ser seguro de si mesmo,
ter posicionamento firme, pois quanto mais indagações e duvidas possa existir
sobre si ou sobre seu meio, são aberturas para possíveis caminhos e decisões
errôneas que terá ao longo da vida.
Como lidar com estes caminhos, se não tenho um espelho dos passos para
seguir? É difícil viver uma vida sem
mirar um espelho. A missão do espelho é
mostrar a realidade e a dos passos é servir de guia. Deixe suas pegadas para alguém seguir ou seja
o espelho que alguém possa mirar e querer ser semelhante.